20.11.10

E 10 anos se passaram - A saga Harry Potter



Você assiste o primeiro depois de já ter lido 4 livros da saga e pensa: “Bonitinho. Que legal o castelo! Esses moleques são bem ruinzinhos, hein?”. Um ano depois, você assiste o segundo e pensa: “Ok, continua legalzinho, mas esses meninos são ruins mesmo.” Aí vem terceiro, e você começa a pensar: “Olha, está melhorando, mas essa galera continua ruim.” 


No quarto filme você assiste na pré-estréia, meia-noite, cercado de pré-adolescentes histéricos fantasiados e pensa: “Agora sim a coisa engrenou! Tudo bem que a batalha podia ser melhor, ou mais longa, mas até que atuação está melhor. Quero ver o próximo.”  E aí, sai o quinto filme e o pensamento é: “WTF??? O que aconteceu com a história e a graça da saga? Rapaz, se não fosse aquela ultima luta eu sairia do cinema pensando que perdi duas horas da minha vida, e olha que não é lá grande coisa. Que grandíssima merda!!!” 

No ano seguinte, você eleva as expectativas de novo, acredita que o filme anterior foi um lapso e vai novamente em uma pré-estréia com mais pré-adolescentes histéricos fantasiados e sai pensando: “Eles estão querendo me sacanear, né? Pegaram o livro jogaram no lixo, excluíram todas as cenas emocionantes das mais de 400 páginas, algo do tipo: ‘Ah não, isso é caro de fazer, pode cortar’. Que porra é essa? Quem andou comendo a J.K.Rowling para ela permitir essa atrocidades??”


Agora você já está puto da vida com a saga inteira, e nem um pouco a fim de assistir mais, e então duas coisas acontecem: primeiro, anunciam que o último filme será dividido em duas partes (“OK, isso pode significar que eles não vão mutilar a história já que terão tempo suficiente de filme”); e segundo, lançam o trailer do filme, que é realmente bom, e isso é surpreendente. Então, expectativas elevadas novamente, você decidi dar a última chance, pré-estréia de novo com mais pré-adolescentes histéricos (essas crianças não têm pai não? A pré-estréia é meia-noite em uma quinta-feira, cadê a escola no outro dia?), que dessa vez se comportam quando começa o filme, primeiro ponto positivo, e você passa 190 minutos em uma cadeira e termina pensando: “Finalmente eles conseguiram empatar esse jogo, nos 44 do segundo tempo!” A história segue se curso agradavelmente fiel ao livro, com situações emocionantes e lutas que por fim podem receber esse nome. As atuações ainda são falhas e inconstantes, mas a equipe de arte se superou astronomicamente com uma belíssima seqüência de animação, simplesmente encantadora. Os novos personagens (que deveriam ter aparecido em outros filmes) são boas personificações dos criados por Rowling e um ótimo acréscimo ao elenco como um todo. Em resumo, deixa um gosto de “não posso esperar o próximo.”




12.11.10

Filmes no Brasil – As merdas que eles inventam - Parte 1



“Não pessoas eu não morri, ou me mudei para Tangamandapio para evitar a fatiga, ou ouvi Restart demais e esqueci como se escreve. Pós-Tcc (a entrega pelo menos) e adaptada ao horário do novo emprego (wiiii, estou trabalhando!!) eu volto com a língua mais afiada do que nunca. Bem vindos de volta”


Como todo bom brasileiro cinéfilo você também já deve ter parado alguns milésimos de segundo da sua agitada (ou nem tanto) vida para pensar: “quem foi o filho de uma rapariga arrombada que: a) traduziu o nome desse filme; ou b) criou essa legenda”.

Nada mais impressionante do que as gargalhadas que os tradutores (se é que se pode os chamar disso) nos fazem ter com as legendas mais bizarras, estúpidas, e... faltou adjetivo de tão inenarrável que elas são. E isso é válido também para as MA-RA-VI-LHO-SAS traduções de nome de filme.

Vamos agora ao nosso TOP 5 “Quando os burros aprenderam a escrever surgiram os piores títulos de filmes”


1- “Nightmare Before Christmas” a.k.a “O estranho mundo de Jack” – HEIN? WTF? Acho que se o Jack houvesse lido esse nome ele teria cancelado a porra do filme. Sério, só porque supostamente é filme de criança, já que é animação (apesar de eu achar que nada que saia da cabeça do Tim Burton pode ser considerado para criança), os caras acharam que “Pesadelo antes do Natal” era um nome pesado demais? Olha como fica melhor uma tradução ao pé da letra do que uma adaptação “você é burro, chupa essa”.



2- “The Hangover” a.k.a “Se beber, não case” – na verdade deveria ser “Se beber, não pense que você é tradutor”, porque PUTA QUE PARIU, Batman! Ninguém merece essa. Para os que não sabem “hangover” significa ressaca, e eles não poderiam simplesmente colocar este nome porque senão os chefes iriam dizer que não estavam fazendo o seu trabalho de “adaptação dos filmes”. Pergunta: adaptação a que?



3- “Scary Movie” a.k.a “Todo mundo em Pânico” – (pausa para respirar porque esse é demais) Quando os ilustríssimos senhores tradutores receberam este filme pensaram: ”Fudeu como um brasileiro vai entender isso?”, e ai adotaram o seguinte raciocínio: ”tá bom vamos lá, é um filme de paródia não é? Então o título tem que ser engraçado (porque sim e não discutam), agora qual o maior filme de terror que vocês conhecem? Pânico (único que esse individuo deve saber o nome), então... ‘Scary Movie’... ‘Filme Assustador’ então... fica ‘Todo mundo em Pânico’ é isso! Fechou! Pode pedir a pizza.”



4- “The Sound of Music” a.k.a “A Noviça Rebelde” – Porque diabos os tradutores acham que os brasileiros não vão entender o filme se não estiver explicito no titulo o que passa nele? O filme foi nomeado por causa da canção principal. PORQUEEEEEE eles não podem simplesmente pegar a dublagem de merda que ele vão fazer e colocar o titulo do filme sendo a tradução da música?



5- “The Tuxedo” a.k.a “O Terno de 2 Bilhões de Dólares” – Alguém me diz porque DOIS bilhões? O cara deve ter perguntado para a equipe: “quanto vocês acham que seria um valor alto?”, aí um idiota respondeu: “dois... sei lá, bilhões, é grana pra caralho”, e o resto da equipe: “é verdade, é muito dinheiro”. COMO ASSIM??? Qual o problema com o título ser só “O Terno”, ou “O Smoking”, ou “Mais um filme do Jackie Chan metendo porrada em todo mundo”.



Depois do nosso TOP 5, eu vou para de falar antes que eu me engasgue no meu próprio veneno, e vou deixar aqui um vídeo para os que ainda não viram poderem rir um pouco mais das atrocidades de tradução. Divirtam-se!