23.6.10

E3: Nintendo

Bom, a E3 veio e se foi, e deixou pelo caminho muitas bombas no colo de nós, ansiosos jogadores. A Nintendo neste ano financeiro (Março de 2010 a Março de 2011) se concentrou, principalmente, em trazer de volta clássicas franquias, e aqui estão algumas:

Kirby’s Epic Yarn



Após sete anos sem nenhum jogo, a empresa decidiu que estava na hora de trazer de volta às telas o herói mais fofo (e gay), Kirby. Contudo, os fãs da série podem se decepcionar se esperam ver a velha bolinha cor-de-rosa engolindo seus inimigos. A nova jogabilidade de Kirby traz outros truques como: um laço, uma carro, um pára-quedas, um trator, mas nada de comer os outros personagens.

Kirby possui novos companheiros em um cenário incrivelmente artístico, mas também mais infantil e feminino (até demais). Contudo, Kirby’s Epic Yarn traz idéias inovadoras que tornam a jogabilidade mais desafiante, como a caso do zíper que faz com que parte do cenário mude.

Talvez este Kirby tenha um visual um pouco enjoativo para se jogar por muito tempo, mas não se pode dizer, em hipótese alguma, que este não é um verdadeiro game de Kirby.

Donkey Kong Country Returns



Fãs segurem seus chapéus e se preparem para muita macaquice. O alvoroço gerado na E3 pelo lançamento de Donkey Kong Country Returns foi enorme. Bastou a música nostálgica para a explosão de aplausos. O novo DK continua sendo um jogo de plataforma do melhor calibre, com o cenário 3D, permitindo novos desafios com mudanças de planos de ação.

Ele volta com seu parceiro Diddy Kong para enfrentar novos desafios, mais complexos e difíceis, tudo com uma boa jogabilidade e uma nostalgia simplesmente WOW. Com todas as características clássicas que transformaram este jogo em um marco na memória dos gamers, e com gráficos belos, DK faz um retorno triunfal às mentes dos jogadores e atenção da mídia.

007 contra Goldeneye



É isso mesmo que você leu, eu não estou ficando doida. A Nintendo despencou a maior bomba no quesito jogos ao anunciar o retorno daquele que é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Muitos de nós passaram horas infindáveis no multiplayer deste clássico.

A nova versão traz bons gráficos, missões clássicas (como a do banheiro) e novas, que inclui também antigos e novos personagens não vistos no jogo original. 

O novo 007 contra Goldeneye parece só possuir um defeito, não esperem ver um personagem principal que se pareça com Pierce Brosnan, não sei se ele não se interessou em retornar ao papel, ou se existe alguma regra do criador de 007, Ian Fleming, na qual dois atores diferentes não podem interpretar o seu personagem ao mesmo tempo, só sei que teremos que aturar a atuação (e a cara) de Daniel Criag no papel principal. Enfim, nem tudo é perfeito, o que importa é que um novo 007 será lançado, e que eu já estou na fila para comprar.

18.6.10

Foi pro chão e caiu!

Nesse momento de Copa do Mundo no qual a TV só passa os jogos, todos os programas falam sobre futebol, os comerciais são relacionados ao futebol, o Trend Topics mundial é “Cala a boca Galvão” e até em minhas aulas os exemplos são sobre futebol, nada mais correto do que jogar lenha na fogueira e escrever um tópico sobre jogos de futebol virtuais.

Tenho que ser bem honesta, nunca foi fã de games de futebol, sempre preferi jogar ao vivo e a cores, não vejo emoção em fazer gol apertando A, ou 4, ou X, ou bolinha sei lá. O único game que eu realmente joguei, e por muito tempo, foi o International Superstar Soccer do 64, que sumiu misteriosamente da casa de um primo meu, mas enfim... continuando...


É claro que os jogos dessa geração, PES (Pro Evolution Soccer) 2010 e Fifa 10, são outro mundo em comparação com os que eu jogava. As mecânicas, apesar de ainda terem seus problemas travosos, evoluíram incrivelmente, dando uma liberdade extraordinária aos jogadores. Os gráficos deixaram de lado aquelas maravilhosas cenas que a bola aparecia nos luares mais bizarros sem termos feito nada de especial. Os personagens são de extrema realidade, e personificam as qualidades, e os defeitos, dos jogadores reais a uma perfeição extrema. E há sempre a grande vantagem de não termos de ouvir a magnífica narração do excelentíssimo Sr. Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno no nosso pé do ouvido.





Hoje esses dois títulos concorrem ávidos pelo maior número de seguidores possíveis, e o debate entre suas qualidades é infindável. Os fãs defendem seu favorito com unhas e dentes. Alguns afirmam que a física de Fifa é melhor, mas que o PES possui a jogabilidade mais rápida e fluida. Apesar dos gráficos do PES terem melhorado consideravelmente, os do Fifa ainda são mais fiéis, e este título ainda tem posse de grande parte das licenças mundiais das diversas competições, o que o torna mais atrativo. E assim segue a disputa...
Bom, minha opinião é bem tendenciosa, não me interesso por nenhum dos dois, mas... e a sua?

p.s.: O título é uma das maravilhosas pérolas de Galvão Bueno.

13.6.10

Obras Vampirescas - Round 1


Embalada pelo frenesi (e pela saturação) vampiresco que ronda a mídia atual nada melhor do que falar um pouco sobre os principais autores responsáveis por esse mundo sobrenatural.

E iniciando a seção, os responsáveis por todo o alarde: a Saga Crepúsculo de Stephenie Meyer. Em 2005 a autora americana mórmon sonhou com um mundo sobrenatural, cheio de vampiros e metamorfos representados de formas nunca antes vistas. A escritora afirmou em entrevistas que nunca havia lido nada relacionado à raça noturna (como se não pudéssemos perceber isso na história) e que todas as características da saga foram inspiradas em seus sonhos.

Àqueles que não fazem idéia do que se trata a série, a história é um romance infanto-juvenil entre o vampiro (vegetariano) Edward Cullen e a humana (para-raio de problema) Isabella Swan em uma busca interminável por seu relacionamento. A trama envolta em vampiros cintilantes e lobos gigantes em uma cidadezinha americana está abarrotada de elementos da cultura mórmon, como o pecado do sangue e a pureza da alma.

A narrativa de Meyer, apesar do conteúdo e escrita supérfluos, é extremamente cativante e viciante, é quase impossível largar os livros até as últimas linhas do Amanhecer, e depois de ler as 1888 páginas você ainda fica desejando mais.

Stephenie conseguiu criar uma tetralogia emocionante e com um novo olhar sobre a raça vampiresca, e, considerando que vampiros não existem (até que se prove o contrário), não há verdade absoluta sobre eles mesmo que os fãs de Rice, Stoker e Vianco pensem o oposto.

A saga Crepúsculo virou febre entre mulheres e gays de todas as idades ao redor do mundo, e não há como negar seu sucesso absoluto.



Crepúsculo – 2005




Lua Nova – 2006




Eclipse – 2007




Amanhecer - 2008

7.6.10

Ler é importante???

Conversando com meu amigo Murilo e ouvindo a sua revolta com o preconceito em relação aos games, sendo que existem milhões de livros e filmes mais influentes que os jogos. Contudo, as pessoas só dizem: “ler é importante” ou “filmes são cultura e informação” e os jogos são os bichos-papão do mundo cultural atual , eles são os grandes responsáveis pela violência e degradação de nossos jovens, mas... será mesmo?


Iniciando uma nova área no blog - Ler ou não ler, eis a questão - e relacionando com as antigas: será mesmo que ler é importante? Antes que alguém cometa um atentado contra a minha pessoa, eu tenho dois esclarecimentos a fazer: em primeiro lugar, eu sou uma bibliófila, simplesmente não consigo viver sem algo para ler; e em segundo lugar, quando pergunto sobre a importância da leitura é com relação à qualidade da mesma. Será mesmo que a frase é “ler é importante” ou “ler algo com conteúdo é importante”??? Não quero que pensem que eu só leio Nietzsche, pelo contrário, meu estilo preferido de literatura é a Ficção, mas cresci sabendo que é preciso balancear e é por isso que penso: será que ler a saga Crepúsculo é importante (gostaria de salientar que eu gosto da tetralogia)? Se você ler em outra língua é um treinamento e aprofundamento de vocabulário, mas em português? O que aquelas linhas te trazem de útil?? E Marian Keyes? No que ela te faz pensar? Ao passo que se lermos Shakespeare conhecemos a essência humana, com Rotterdam reconhecemos a loucura da vida em sociedade, e não precisamos nos ater aos clássicos, com Moore desenvolvemos um olhar crítico e cômico sobre os problemas políticos e econômicos, com Coelho buscamos o autoconhecimento, isso é importante.

As ficções, os romances, as comédias são de essencial importância, pois nos ajudam a desenvolver a criatividade ao tentarmos imaginar o mundo que os autores criaram para nós, mas não seria melhor ler Tolkien, com seu estilo narrativo rebuscado e vocabulário difícil que lhe permiti aprender algo novo, do que “Os delírios de consumo de Becky Bloom”? (Que também é um filme).

É verdade que ler essas páginas de besteiras é um verdadeiro descanso para a mente, o problema é que não se pode ensinar às nossas crianças que “ler é importante” e sim que “ler com qualidade é importante” e que é preciso equilíbrio entre o fútil e o útil. E será mesmo que algo assim não é mais aculturação do que God of War que traz um profundo conhecimento em mitologia greco-romana? Ou jogos da série Tycoon que lhe ensinam empreendedorismo em diversas áreas de comércio?