30.11.09

“Gamificação”

Não precisam fugir os homenzinhos verdes não estão nos invadindo (até onde eu sei), mas sim, se preparem para uma invasão. Tá todos já estamos cansados de ouvir: ”os games são a indústria que mais rentável dos últimos tempos, ultrapassou, e muito, as indústrias fonográfica e cinematográfica”.


Contudo a “gamificação” é um novo estágio nesta rápida transformação. Huizinga já cansou de ponderar sobre a ludicidade inerente ao ser humano, somos todos gamers por natureza. E tem como negar isso? Nossa vida é imersa em jogos, o esforço, a recompensa e o prazer da vitória foi o que tornou os games tão populares, não importa o gênero, o game atingiu nossos prazeres mais natos.


Há várias definições para jogos, várias características que os definem, mas todos têm regras, desafios, recompensas, e mais recentemente personificação, customização para aumentar a imersão do jogador. Vocês querem saber o que seria “gamificação”? É uma invasão, isso mesmo, uma invasão dos elementos lúdicos nas mais diversas mídias.
O Ebay criou um sistema de recompensa para seus vendedores, que quando atingem marcas de números de transações, sobem de nível e ganham uma estrela correspondente ao novo nível.


A Nike utilizou a idéia da personificação para desenvolver um sistema de customização dos tênis, permitindo aos seus clientes criarem calçados exclusivos, incentivando sua individualidade.


O futuro: “gamifiquem-se”, pois o mundo está em uma nova era,


A Player Era.

19.11.09

O personagem não passa de um cursor de luxo...




Afinal de contas, qual a verdadeira importância do protagonista? Não digo que ele tenha que ter nome, ou rosto, para o debate em questão, um carro personalizado em Need For Speed não seria um personagem? E o que define um personagem? De acordo com o dicionário Michaelis personagem é: uma figura dramática, uma pessoa que figura em narração, poema ou acontecimento. Se considerarmos que para os jogos o personagem seria aquele que nos personifica no universo do jogo, então podemos considerar que um carro, um alien ou uma pessoa anônima é um protagonista, um personagem.

Muitos pensam que o design de personagens é uma perda de tempo, pois o que interessa para o jogador é o jogo em si, os desafios propostos, mas será que poderíamos imaginar o mundo de Mario sem aquele encanador barrigudo pulando por todos os lados? Ou Zelda sem o Link? Será que os jogadores realmente se interessavam 100% só pela jogabilidade, pelos gráficos ou pelo sangue que jorra de God of War? Ou será que a personalidade fascinante do anti-herói Kratos teve grande importância, tanto para o sucesso do jogo, quanto para a imersão dos usuários?

Como designer, é obvio que consigo ver a importância de um personagem na trama de um jogo, como jogadora, reconheço a pouquíssima probabilidade de um jogo me atrair caso ele não tenha um bom sistema de personificação de personagens ou um protagonista que me permita imergir na trama que é apresentada.

No caso de personagens de jogos, eles são como os personagens de filmes, que nos fazem sentir tudo ocorre na historia. Contudo, essa experiência nos games vai bem além, pois não estamos só vendo a historia acontecer, nos fazemos parte dela, nos somos os protagonistas, passamos pelos mesmos problemas, sofrimentos e perdas, a historia de um protagonista de game se torna, pela quantidade de horas que gastaremos jogando, a nossa própria historia.

E ainda vem gente querer me dizer que é perda de tempo se preocupar com o personagem?


Ahh, não vem que não tem!

13.11.09

Eu gostei e daí?



Seguinte hora da recomendação de filme... Eu sei que talvez tenham alguns comentários (principalmente do Luís e do Urso que viram o filem comigo) contra, mas continuo defendendo.






Eu estou falando de “Gamer”, cara, para mim o filme foi incrível, tudo bem tinhas umas viagens meio nada a ver, mas sei lá, pode ser porque eu estou fazendo games ou porque a idéia do filme é bizarra e completamente possível (repito tirando as viagens nada a ver). Vou dizer só por alto do que se trata o filme, um cara teria criado um novo tipo de game, algo do tipo Second Life real, com pessoas sendo controladas por outras pessoas, como eu disse é no mínino BIZARROO, mas sério será estamos tão longe assim dessa realidade? Será que muitos de nós não teríamos o desejo secreto de poder controlar um daqueles “personagens” de A Fazenda ou Big Brother para fazer algo que acha certo (ou errado)?


O outro jogo dentro do filme é uma espécie de Counter Strike real, são presidiários condenados a morte que tem a chance de escapar de sua pena se sobreviverem a 30 partidas. É praticamente uma guerra, pessoas pagam para personificar outras pessoas em uma guerra de verdade. Quem se importa com a vida alheia mesmo, né?


Agora uma descrição do filme em si, a fotografia é bem bacana, a atuação é boa, as cenas de ação são bagunça completa que te fazem se sentir nos jogos (ou em uma guerra). E é revoltante. REVOLTANTE!!! Eu desafio a quem assistir ao filme e não ficar com nojo do jogador gordão.


É um filme muuuuuuito bom (minha humilde opinião, claro!) e te faz pensar para o que as mídias interativas estão evoluindo. E em que nossos gostos vão transformar a TV, os games, e resumo o entretenimento no futuro.


YOU WIN!

7.11.09

Pimp yourself, Mother Fu**er!

Eu sou big fã de MMO’s, é meu tipo de jogo favorito, em especial RPG’s, se pudesse escolher trabalharia nesse nicho. Um tempo atrás desenvolvi um hábito meio (muito) geek, comecei a baixar os MMO’s que são os TOPTOP (Free, claro!) e testar, avaliando tudo que achava bom e ruim neles, seja gameplay, gráficos ou sistema de comércio.
Enfim, eu comecei a notar uma coisa revoltante toda vez que eu ia criar minhas personagens:


TODOS OS CHARS FEMININOS SE VESTEM COMO PUTAS!


Não, sério mesmo, sem exagero! Tinham umas que até se vestiam SEMI-descentes (em geral as classes cleric).


Cara, longe de mim ser uma pessoa puritana ou defensora dos bons costumes, eu sempre gostei de usar decote e não me importo se minha personagem usar também, mas, e aquelas garotas que não tem o mesmo gosto que eu? Porque elas são obrigadas a utilizar chars que não as personificam?


E estamos falando do lado discreto da coisa, o outro é bem mais escabroso. Nunca esqueço quando fui criar minha conta no Last Chaos, eu sempre prefiro jogar com mage, e se tiver magia negra melhor, então a personagem dessa classe tinha a maravilhosa opção de uma micro-saia e um corpete. Onde o cara se inspirou para criar isso? Com certeza em alguma messalina gótica que ele pegou pela vida (provavelmente a única)...





A pergunta mesmo é: esses personagens foram criados para atrair, e ser utilizado pelo, público feminino ou para um bando de nerds/geeks, que não conseguem mulher na vida real terem o que olhar que não seja hentai?
Vamos imaginar o seguinte cenário, um Anime Friends da vida e eu decido ir fantasiada de dark magician do Rappelz, vocês sabem quais as chances de eu chegar ao evento? Quase zero, sou presa no meio do caminho por atentado ao pudor.





Mas o maior absurdo é que até nos jogos com os visuais mais infantis isso ocorre, peguem o Ragnarok como exemplo, a dancer usa um lenço em cada braço e um biquíni, tá, tá vocês podem dizer: “mas ela é uma dancer queria que ela se vestisse como? De burca?”, então vamos pegar outra classe, a whitesmith usa um top e um shortinho, a hunter também, a sage usa um pano para cobrir a frente, e a stalker parece que amarrou um cinto ao redor do corpo e jogou um casaco por cima.





Não digo: “ponham roupa de freira”, já disse que não sou disso, mas é pedir demais a ESCOLHA de uma roupa um pouquinho mais discreta? Quase todas as meninas que conheço, e que jogam, reclamam disso, ou seja: “quer ver uma mulher nua?” vai comprar uma playboy, e nos deixem ser mulheres e não objetos decorativos pornográficos nas telas de PC’c de geeks/nerds anti-sociais ao redor do mundo. Quem sabe assim o número de mulheres gamers aumenta e com isso a chance dos geeks/nerds conhecerem uma mulher de verdade. E ainda vem reclamar quando homem usa char feminino... BEM-FEITO quem mandou... =P